Do Natal, do Ano Novo e tudo e tudo
Ando desaparecida daqui. Aliás, ando desaparecida de quase todos os locais que gosto e longe de quase tudo o que me dá prazer.
O Natal foi bom, a passagem de ano também, mas soube tudo a pouco, muito pouco. Nunca me tinha acontecido entrar no ano novo com o sentimento de que nada de especial estava a acontecer. Sem a esperança na mudança, sem desejos e planos, sem aquele "feeling" que nos obrigamos a ter nestas alturas, aquele "feeling"que faz passar a mensagem mental "este ano vai ser melhor".
O ano que passou foi o melhor e o pior. Aconteceu-me o melhor e o pior (salvo seja). Nasceu a minha filha, que se tornou a estrela maior da minha vida. Apanhei sustos do pior com a minha saúde e com a saúde dela, mas que, felizmente, não passaram de sustos. Desiludi-me com pessoas, perdi contactos, magoei-me, ganhei mais experiência de vida - mais do que em qualquer ano da minha existência.
Entrei em 2010 em excesso - de preocupações, de trabalho, de cansaço, de novidades, de inseguranças. Muitos desses excessos são da minha única e exclusiva responsabilidade e o balanço que faço de 2009 é de que tentei "carregar" demasiada areia na minha "pequena camioneta". Digamos que entrei em 2010 com "excesso de carga"... e a multa é pesada.
Por isso, o balanço que não tive tempo de fazer, está feito agora, assim como as minhas resoluções de ano novo. Aliás, tudo o que faço nos últimos meses parece feito "com atraso" ou "entregue fora do prazo estabelecido". Sinto-me permanentemente penalizada pelos outros e, se isso não fosse fardo suficiente, eu própria me penalizo.
Eu devia ter calculado, de antemão, que tentar conciliar a vida doméstica, uma bebé de poucos meses, um marido com uma vida quase tão complicada como a minha, uma família que pede muita atenção, uma vida profissional que alia 230km conduzidos diariamente a aulas e direcção de turma, e ainda um curso de mestrado, além de tarefa hercúlea é, também, impossível de levar a cabo sem perder alguma coisa.
E por isso as minhas resoluções de ano novo (sim, novo, embora me sinta tão cansada como se estivesse em Novembro), são:
O Natal foi bom, a passagem de ano também, mas soube tudo a pouco, muito pouco. Nunca me tinha acontecido entrar no ano novo com o sentimento de que nada de especial estava a acontecer. Sem a esperança na mudança, sem desejos e planos, sem aquele "feeling" que nos obrigamos a ter nestas alturas, aquele "feeling"que faz passar a mensagem mental "este ano vai ser melhor".
O ano que passou foi o melhor e o pior. Aconteceu-me o melhor e o pior (salvo seja). Nasceu a minha filha, que se tornou a estrela maior da minha vida. Apanhei sustos do pior com a minha saúde e com a saúde dela, mas que, felizmente, não passaram de sustos. Desiludi-me com pessoas, perdi contactos, magoei-me, ganhei mais experiência de vida - mais do que em qualquer ano da minha existência.
Entrei em 2010 em excesso - de preocupações, de trabalho, de cansaço, de novidades, de inseguranças. Muitos desses excessos são da minha única e exclusiva responsabilidade e o balanço que faço de 2009 é de que tentei "carregar" demasiada areia na minha "pequena camioneta". Digamos que entrei em 2010 com "excesso de carga"... e a multa é pesada.
Por isso, o balanço que não tive tempo de fazer, está feito agora, assim como as minhas resoluções de ano novo. Aliás, tudo o que faço nos últimos meses parece feito "com atraso" ou "entregue fora do prazo estabelecido". Sinto-me permanentemente penalizada pelos outros e, se isso não fosse fardo suficiente, eu própria me penalizo.
Eu devia ter calculado, de antemão, que tentar conciliar a vida doméstica, uma bebé de poucos meses, um marido com uma vida quase tão complicada como a minha, uma família que pede muita atenção, uma vida profissional que alia 230km conduzidos diariamente a aulas e direcção de turma, e ainda um curso de mestrado, além de tarefa hercúlea é, também, impossível de levar a cabo sem perder alguma coisa.
E por isso as minhas resoluções de ano novo (sim, novo, embora me sinta tão cansada como se estivesse em Novembro), são:
- Ver crescer a minha filha, apoiá-la nas rabujices dos dentes, nas ranhocas das constipações, encher-me de orgulho com as suas pequenas-grandes vitórias. Ser MÃE dela.
- Ser uma esposa melhor, com direito a organizar a casa, sem deixar crescer o pó como flores, sem deixar a roupa por arrumar no cesto, sem deixar crescer um monstro disforme composto de livros, folhas, cadernos e afins no meu escritório. Com direito a mimos, massagens depois de um dia cansativo, beijos, namoro e tudo e tudo, tudo o que ele merece.
- Fazer coisas de que gosto: ler, escrever (aqui, no blog da Leonor, no meu Moleskine, na agenda...), sair com os amigos, passear com os meus amores, jogar Farmville...
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