Pergunta…

Eu queria falar sobre o Natal e sobre o que esta data significa para mim. Até à algum tempo, esta era uma data aguardada com ansiedade… não por causa dos presentes, porque nem eu, nem a minha irmã fomos habituadas a uma grande enxurrada de prendas.

Aguardávamos ansiosamente esta data porque era sinal que a qualquer momento rumaríamos à nossa terra natal na Beira Baixa, característica pelo seu frio de rachar e pelo seu calor humano. Na véspera de Natal, mesmo a bater furiosamente o dente, íamos aquecer-nos ao Madeiro, uma grande fogueira acesa ao lado da igreja matriz. As pessoas cantavam pelas ruas, a missa do Galo era sentida. Via-se a família, recebiam-se aqueles milhares de beijos de familiares que nunca vimos mais gordos mas que nos enchiam os bolsos de chocolates, biscoitos e rebuçados.

Corríamos para casa, construíamos uma espécie de “bunker” com cobertores em cima do sofá, víamos televisão, estávamos com os primos, os tios, os avós. E sim, abriam-se presentes, com aquele brilho nos olhos!!!

Agora já não vou à terra… as decisões que tomamos na vida mudam o seu curso. Mas o Natal, para mim, continua a ser “família”. Uma família que cresceu quando casei, mas que não é una, como gostaria. E como assim não é, alguém tem de ceder… por amor.

E não é isso o Natal? Amor? E tudo aquilo a que o amor obriga?

* se ainda não votaram no nome mais lindo para dar à minha bunny princess, vá lá… façam-no! É mesmo aqui à direita!

** foto de Nuno Estrela, tirada na minha terra mãe.