Não faz sentido...
Há uns anos, durante a minha licenciatura, tive um professor de História da Língua Portuguesa que se podia gabar de ser o único catedrático do Departamento de Línguas e Culturas da Universidade. Era, de facto, autor de um vasto leque de literatura de investigação sobre as raízes da nossa língua e, consequentemente, muito respeitado lá no sítio.
Acontece que o professor T.V. era um homem aparentemente banal. Já com 60 e muitos anos, era baixinho e atarracado, nem gordo nem magro, nem simpático nem antipático. E gostava muito de olhar para os decotes das meninas. Eu costumava dizer que, se não fosse ele um catedrático, seria com certeza daqueles velhotes que vão pela rua de bicicleta, com molas a segurar as bainhas das calças, q mandar piropos do género
"Oh jóia! Anda cá ao ourives..."
Ainda assim, não era esta característica que me aborrecia no senhor-doutor-professor-catedrático. O que me aborrecia é que ele, sendo o maior especialista em História da Língua Portuguesa - arrisco-me a dizer! - a nível nacional, foi um dos piores professores da minha história. O senhor limitava-se a passar uma ou duas horas a ler a sebenta por ele escrita. Se lhe colocávamos uma dúvida, respondia-nos de tal maneira que acabávamos por ter ainda mais dúvidas... E na hora do exame, as notas variavam entre o 8, o 10, o 12 e o 14. Numa espécie de moeda ao ar.
E se hoje vos conto esta história é porque agora, na pós-graduação, tenho um professor parecido. É o maior entendido em assuntos da sua competência lá na chafarica particular onde largo o bom e o belo todos os meses. Mas explicar que é bom... nada.
Não explica, não ensina e, incrivelmente, dá exercícios que não sabemos fazer... para depois dizer que
"Quando vocês estão em dificuldades concentram-se melhor para resolver os vossos problemas."
E não vale a pena chamá-lo para ajudar ou tirar uma dúvida. É que este ainda tem o desplante de ir só a certos lugares, ajudar certas pessoas. E tem a lata de se enganar a fazer as coisas e dizer que a culpa é nossa, que devíamos ter dado conta. Fala mal em Inglês, em Português e passa a vida a usar muletas de linguagem do género "NÃO FAZ SENTIDO".
Pois... não faz sentido!
Estes senhores, o doutor catedrático e o doutoreco das informáticas, são especialistas, mentes brilhantes, "Einsteins" das suas áreas.
Mas professores... não! Burros sabidos? Talvez...
Estes é que precisavam de avaliação... para quando a avaliação dos docentes do ensino superior? É que os outros de que tanto se fala, esses já são avaliados há muito tempo... avaliados, julgados em praça pública...
Comentários
Aquele abraço infernal!
Fico neste momento a ponderar se houvesse a tão badalada Avaliação de professores se isso iria valer de algo, ou por ser quem é, está acima disso??!!
Beijocaaaa
Beijinho*
cat
Se fosse avaliado é que havia de ser bonito!!!
Bem... tu sabes o que penso e sinto sobre essa e outras figuras com que somos obrigadas a levar!
Big Kiss
Por acaso tive a sorte de nunca me ter calhado semelhante professor!...
Beijos
Olá
Já sabes a minha posição: Subscrevo todo o teu post.
Agora arranjaste companhia?
Tens uma boneca toda querida!
Gosto muito da música de fundo e já a tenho.
Tudo de bom... e as ausências continuam....Tenho que estudar bem este assunto. Se fosse por mim, mas não. Estão muitos parados.... mas nenhum anulado?!....
Beijoka beirã, com chuva.**
rsrsrsrs