Um Natal Diferente
O meu desconcertante contributo para uma história que começou, belíssima, num blog que escusa perdões...
Quem quiser ler o que se escreveu até agora pode lê-lo neste asteróide, no qual tudo nasceu...
Quem me passou a "batata quente" foi a dona da caixinha mais interessante da blogoesfera!
Já passou por tantas mãos... e das minhas mãos sairá mais um pedaço - bom ou mau, vós o direis... Mas foi escrito de coração...
«Larguei a caneca de café amargo que tinha na mão em cima da bancada, aproximei-me dela e beijei-a com o desejo que vinte anos podem carregar.»
E o quanto ansiara aquele beijo...
Ela respondeu-me com o mesmo fervor, a minha cabeça rodopiou de desejo e vontade de a ter, de largar tudo e fugir com ela e com a nossa filha - NOSSA! Amava-a ainda, tantos anos volvidos... Como podia ser? Ainda enleado no sonho desse beijo, as memórias das últimas 24 horas começam a palpitar no meu pensamento... Senti-me rodopiar, senti-me levado num pequeno grande turbilhão de sensações e estranheza, como se fosse uma folha transportada sem rumo certo pelo vento gélido de Inverno.
- Senhor? Senhor? Sente-se bem?
- Ai Jesus, Deus nos acuda que o homem está morto!!
- Chamem uma ambulância que o homem não dá de si!!!
Lentamente abri os olhos...
Azul acinzentado... Meia dúzia de cabeças ao meu redor e o dobro de olhos especados em mim... Vozes agudas que me faziam estalar a cabeça...
- Parece que está a acordar...
Um sonho? Terá tudo sido apenas um sonho?
Sentei-me no chão, ignorando a pequena multidão que me cercava. Olhei ao redor. O meu carro parado no jardim. A velha casa da família. Eu sentado no chão do terraço, à porta da cozinha.
Lembrei-me!
Tinha chegado à casa da família e, ainda atordoado pelas lembranças que trazia no caminho, tropecei num degrau, caí... e perdi os sentidos.
- O Sr. sente-se bem?
- Conhece alguém nesta casa?
Começou a reconhecer os rostos agora envelhecidos pela passagem de 20 anos... as vizinhas dos seus tios, na sua eterna cusquice, vieram averiguar quem seria o estranho que entrara no jardim da casa da montanha...
- Vizinhas... sou eu! O Carlos...
- Carlos?... Ai rico filho!
Abraçaram-no todas com o calor que só as gentes da aldeia sabem ter e partilhar. Desejou que dentro daquela casa estivessem os braços de seus tios para lhe dar o mesmo abraço... Os braços de Teresa... Meu Deus, que tortuosa vertigem teve naqueles minutos em que esteve inconsciente! Teresa casada e descasada... Uma filha concebida numa única noite de amor... Um neto a caminho!
- Os teus tios estão no lar da vila, como deves saber... Nesta casa agora não vive ninguém...
Como suspeitava, apenas o vazio e o frio me esperavam nesse Natal.
Enchi-me de coragem, e perguntei:
- E a Tere...
A porta abriu-se atrás de mim.
Uma voz masculina falou.
- Carlos... O teu presente de Natal está cá dentro... Não precisas fazer perguntas. Tudo o que procuras está aqui. Aqui esteve à tua espera, durante 20 anos. Entra... esta é a tua casa.
As vizinhas calaram-se, boquiabertas...
Virei-me, estarrecido, gelado, embrutecido. Não queria acreditar! Era o...
Continua no covil do lobo... (agora desenrasca-te... LOL)
Quem quiser ler o que se escreveu até agora pode lê-lo neste asteróide, no qual tudo nasceu...
Quem me passou a "batata quente" foi a dona da caixinha mais interessante da blogoesfera!
Já passou por tantas mãos... e das minhas mãos sairá mais um pedaço - bom ou mau, vós o direis... Mas foi escrito de coração...
«Larguei a caneca de café amargo que tinha na mão em cima da bancada, aproximei-me dela e beijei-a com o desejo que vinte anos podem carregar.»
E o quanto ansiara aquele beijo...
Ela respondeu-me com o mesmo fervor, a minha cabeça rodopiou de desejo e vontade de a ter, de largar tudo e fugir com ela e com a nossa filha - NOSSA! Amava-a ainda, tantos anos volvidos... Como podia ser? Ainda enleado no sonho desse beijo, as memórias das últimas 24 horas começam a palpitar no meu pensamento... Senti-me rodopiar, senti-me levado num pequeno grande turbilhão de sensações e estranheza, como se fosse uma folha transportada sem rumo certo pelo vento gélido de Inverno.
- Senhor? Senhor? Sente-se bem?
- Ai Jesus, Deus nos acuda que o homem está morto!!
- Chamem uma ambulância que o homem não dá de si!!!
Lentamente abri os olhos...
Azul acinzentado... Meia dúzia de cabeças ao meu redor e o dobro de olhos especados em mim... Vozes agudas que me faziam estalar a cabeça...
- Parece que está a acordar...
Um sonho? Terá tudo sido apenas um sonho?
Sentei-me no chão, ignorando a pequena multidão que me cercava. Olhei ao redor. O meu carro parado no jardim. A velha casa da família. Eu sentado no chão do terraço, à porta da cozinha.
Lembrei-me!
Tinha chegado à casa da família e, ainda atordoado pelas lembranças que trazia no caminho, tropecei num degrau, caí... e perdi os sentidos.
- O Sr. sente-se bem?
- Conhece alguém nesta casa?
Começou a reconhecer os rostos agora envelhecidos pela passagem de 20 anos... as vizinhas dos seus tios, na sua eterna cusquice, vieram averiguar quem seria o estranho que entrara no jardim da casa da montanha...
- Vizinhas... sou eu! O Carlos...
- Carlos?... Ai rico filho!
Abraçaram-no todas com o calor que só as gentes da aldeia sabem ter e partilhar. Desejou que dentro daquela casa estivessem os braços de seus tios para lhe dar o mesmo abraço... Os braços de Teresa... Meu Deus, que tortuosa vertigem teve naqueles minutos em que esteve inconsciente! Teresa casada e descasada... Uma filha concebida numa única noite de amor... Um neto a caminho!
- Os teus tios estão no lar da vila, como deves saber... Nesta casa agora não vive ninguém...
Como suspeitava, apenas o vazio e o frio me esperavam nesse Natal.
Enchi-me de coragem, e perguntei:
- E a Tere...
A porta abriu-se atrás de mim.
Uma voz masculina falou.
- Carlos... O teu presente de Natal está cá dentro... Não precisas fazer perguntas. Tudo o que procuras está aqui. Aqui esteve à tua espera, durante 20 anos. Entra... esta é a tua casa.
As vizinhas calaram-se, boquiabertas...
Virei-me, estarrecido, gelado, embrutecido. Não queria acreditar! Era o...
Continua no covil do lobo... (agora desenrasca-te... LOL)
Comentários
Gostei deste despertar!
Muito bom mesmo!
A História ganhou novo rumo. Parabéns e obrigada pelo teu tempo!
Beijinho
E, se alguem te quiser "esganar", diz que eu venho cá e bato! ;)
Beijinho
Um bom Natal para ti e para todos os que gostas, que os dias se encham de sorrisos e cor.
Beijos.
Sorte a do Carlos!!! Excelente novo rumo, Cati!
Vamos lá ver como se safa o lobo!
Beijinhos...
P.S. - Não sei qual vai ser o presente do Carlos mas para si desejo-lhe o que o Natal tiver de melhor para dar.
Beijinhos
http://tiburciothesmartest.blogspot.com/
Agora com a volta que lhe deste, bolas!
ehehe
Beijos!
um optimo natal para ti.
Muito bem!
Beijinho
Já está, a minha parte, claro
beijo
Olá
Estou a gostar de ler... pingue-pongue literário....
As 2 primeiras parte do conto, estão muito bem, mas com a volta que deste é aguardar pela 3ª.parte para ver se conseguimos acertar.
Beijocas muito amigas**
ADOREI!
Grande Natal!!!
Beijocas e até depois do feriado!!!
weeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee