E agora... um momento de puro bom gosto

Encosta-te a mim, Jorge Palma - como quase tudo o que faz... SUBLIME!



Encosta-te a mim, nós já vivemos cem mil anos
encosta-te a mim, talvez eu esteja a exagerar
encosta-te a mim, dá cabo dos teus desenganos
não queiras ver quem eu não sou, deixa-me chegar

Chegado da guerra, fiz tudo p´ra sobreviver
em nome da terra, no fundo p´ra te merecer
recebe-me bem, não desencantes os meus passos
faz de mim o teu herói, não quero adormecer

Tudo o que eu vi, estou a partilhar contigo
o que não vivi, hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem, encosta-te a mim

Encosta-te a mim, desatinamos tantas vezes
vizinha de mim, deixa ser meu o teu quintal
recebe esta pomba que não está armadilhada
foi comprada, foi roubada, seja como for

Eu venho do nada porque arrasei o que não quis
em nome da estrada onde só quero ser feliz
enrosca-te a mim, vai desarmar a flor queimada
vai beijar o homem-bomba, quero adormecer

Tudo o que eu vi, estou a partilhar contigo
o que não vivi, um dia hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem, encosta-te a mim.

A música é linda, a letra... bem, a letra é deslumbrante e tão simples! É a prova que com palavras banais podemos construir palácios... Palavras que servem para falar de amor-paixão, de amor fraterno, de amor-amizade. Quem nunca precisou de alguém a quem se encostar? Quem nunca foi o encosto, o abrigo de alguém? Eu sou uma sortuda... tenho tantos abrigos!
Esta dedico-a aos meus amigos, ao meu amor, à minha família...

Comentários

Anónimo disse…
Linda mesmo! Por acaso até gosto de Jorge Palma. Lailailailai
Sei lá... disse…
Obrigada eu... Sempre foste e sempre serás o meu ombro amigo!! ;)

Mensagens populares deste blogue

A música do papel

1980 - O que a malta de 80 fazia...

Estou constipada