A vida é mesmo assim
Estou cansada, derreada, exausta… Saturada dos 230 kms diários, dos muitos euros gastos, do monte de trabalhos da escola e do mestrado que venho negligenciando. Desmotivada, desorganizada e caótica, sinto-me uma má esposa, má amiga, profissional medíocre e mãe quase negligente. Vivo numa casa em estado de “quase” auto-gestão, que não desmorona graças à mãe e à sogra. De coração partido, pois perdi este fim de semana o meu avô… não tinha contacto diário com ele, mas tenho saudades da sua força, graça e presença quando com ele privava. Não me apetece Natal… não me apetece nada, para ser sincera, nada que não seja não fazer nada. A vida é mesmo assim… Assim diz a velha frase feita. Toca a apanhar os cacos, toca a colar, toca a erguer. Por ela, pela Leonor, a luz que me guia. Por eles, marido, família e amigos (poucos), que me apoiam e me resgatam à loucura que teima em perseguir-me. Não me dominará. (assim espero…)